segunda-feira, 13 de junho de 2011

Se isso não é amor, o que mais pode ser?


Ele chega em casa e com um sorriso no rosto me dá um beijo e me abraça forte.
Damos risadas e colocamos o papo em dia. Ele deita na minha cama e depois de um tempo fala que está com fome ou com sono. Ele me pede um suco. Quase nunca tem suco feito em casa. Ele reclama de eu não ter feito suco pra ele. Eu mando ele fazer o suco. Ele faz o suco.
Ele gosta de assistir Discovery Channel e eu adoro as Vídeo Cassetadas do Domingão do Faustão. Ele não consegue ficar parado por mais de 10 minutos e eu adoro deitar e ficar horas sem fazer nada. Ele é chato e rabugento. Eu sou mimada e insistente.
Acordo e ele reclama que vou demorar muito pra me arrumar. Eu sempre demoro pra me arrumar, mas nem tanto. Ele diz que, quando eu quiser que ele vire pra alguma rua eu tenho que falar se é pra direita ou pra esquerda. Eu sempre aponto com o dedo pra ele virar e ele quase sempre erra. Eu digo que da próxima vez falo direita ou esquerda. Eu acho que sempre vou apontar com o dedo.
Eu não deixo ele dormir; quero conversar, fazer alguma coisa. Ele continua dormindo. Ele reclama que eu me mexo muito e não deixo ele dormir em paz. Eu continuo me mexendo impulsivamente. Ele reclama denovo e eu ligo a TV. Está passando um filme que eu já vi. Duas vezes. Ele pergunta o que estou assistindo. Eu digo que nem estou prestando atenção. Ele fala um monte e eu faço bico e aumento a TV. Aumentei demais. Abaixo a TV. Desligo a TV e começo a cutucá-lo. Ele reclama. Ele acaba levantando, escova os dentes, toma coca e volta. A gente conversa um pouco e volta o silêncio. Ele me abraça, me beija, a gente se entende e finalmente vamos dormir. Ele está pronto pra começar tudo outra vez. Eu também...

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